terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Uma revelação assombrosa sobre o "Lenço Escoteiro*



Parem todas as prensas! Temos algo surpreendente a dizer quanto ao "Lenço Escoteiro". Segurem seus corações porque esta tradicional peça da indumentária escoteira é: apenas um lenço!
A história do lenço escoteiro é bastante conhecida. Quando estava desenhando o Escotismo, Baden-Powell achou por bem que utilizássemos um uniforme. Este uniforme serviria para que os jovens tivessem uma roupa exclusivamente para a prática das aventuras escoteiras. Como, na época, as pessoas tinham poucas roupas e elas eram relativamente caras, certamente B-P não queria as mães furiosas com ele por conta de roupas rasgadas e sujas. Escolheu o tecido mais barato que havia (algodão, na cor caqui) e, como era a cor dos uniformes militares, pensou em um feitio do mesmo tipo. Jovens sempre adoraram uniformes e se sentiam pequenos soldados a serviço da Pátria (na maioria dos países do mundo, os militares são muito valorizados). Inspirado em um amigo rastreador, acrescentou um item para uso notadamente prático: o lenço. Algo bastante útil, seja para proteger do pó, do calor ou para cobrir ferimentos, há uma infinidade de usos para esta peça.
No princípio, não havia especificação quanto a natureza do tecido, tamanho e coloração do mesmo. Observamos um padrão monocromático em fotos antigas, algo realmente simples. Esta simplicidade verificamos, inclusive, no Lenço de Gilwell, que é todo caqui e com um pequeno retângulo de tartan em homenagem a um apoiador do Escotismo. Alguns países mantém este padrão mais singelo até hoje, seja adotando lenços por grupo, seja optando por outras configurações (lenços por ramo ou lenço único nacional).
No Brasil, em algum ponto do passado, o lenço tomou as vezes de um item de moda. Diferentes cores, bordas, fitas e bordados passaram a integrar a peça. O frenesi foi tanto que um simples lenço ganhou outras conotações: houveram chefes que diziam que o lenço era a alma do grupo, que se o lenço caísse no chão o jovem iria junto. O lenço passou a representar a promessa escoteira das pessoas, cunhando-se a expressão "Lenço de Promessa" e ganhou o status de camisa de time de futebol: Defenda as cores de seu lenço!
Felizmente estas distorções começaram a ser corrigidas no início dos anos 2000. A ideia original era a de abolir os lenços de grupo. Todos passariam a utilizar um único lenço que representaria a nossa fraternidade e nos identificaria como irmãos: o lenço nacional. Em troca, os grupos poderiam utilizar, no lugar do numeral, um brasão com as cores e símbolos do grupo. O xoroxô de alguns adultos foi tanto que voltaram atrás e a história do lenço nacional com brasão de grupo se tornou opcional. Nosso grupo existe desde 1900 e guaraná com rolha e nunca iremos trocar por "esse aí", alguns disseram. Nem mesmo em nível regional a história da fraternidade vingou, afinal os "lenços regionais" sempre foram um indicativo de status.
Contudo, outras alterações foram bem aceitas e já integram o dia-a-dia das unidades locais. A principal delas é quanto sua entrega. Um novo momento foi inserido no cerimonial escoteiro, inicialmente chamado de Investidura e mais recentemente de Integração. Trata-se da ocasião onde se faz a recepção e o acolhimento do novo integrante naquele grupo escoteiro. Para marcar aquele instante os grupos entregam o lenço ao novo elemento.
Infelizmente ainda existem os que não entenderam o espírito da coisa e resolveram fazer a cerimônia de integração junto com a promessa, outros criaram um "lenço temporário" que é substituído pelo definitivo na, adivinhem, cerimônia de promessa. Deem logo o tal lenço pro jovem! Deixem que ele se sinta pertencente ao grupo. Se esses arranjos são para "economizar" o custo de confecção, troquem o modelo do lenço outro mais simples! Os "antepassados do grupo" irão entender.
O importante é que, antes de pensar em design, pensemos em seu real significado e utilidade. Os lenços dos elementos de sua seção estão adequadamente limpos, podendo ser utilizados para cobrir um ferimento? (credo, alguns nunca foram lavados?). Estão garbosamente enrolados? (enrolar lenço é uma atividade que colabora para a coordenação motora fina).
Que tal um jogo com lenços no próximo Sábado, seguido de um momento para falar de sua utilidade e enrola-los adequadamente na sequencia?
O Escotismo que queremos. Faça a diferença!
Notas de rodapé: 1. Tornou-se um costume usual entre escoteiros a troca de lenços e distintivos escoteiros. Cremos que trata-se de uma atividade salutar que, inclusive, pode valer para a conquista da especialidade coleções. 2. Preocupante quando se fala em cultuar ou depositar orgulho em um pedaço de pano, vamos cultuar e nos orgulhar dos valores que propagamos, é bem melhor.


*Escotismo que Queremos

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Quer ser um escoteiro(a) ou Escotista voluntário(a)?

ATENÇÃO! AS INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS!


Quer ser um escoteiro(a)?
Para fazer sua inscrição e se tornar um escoteiro é muito fácil ....
Basta ter entre 6,5 e 21 anos de idade. Ou mais que 22 para ser escotista voluntário,
No dia 18 de fevereiro, das 14h às 17h fazendo uma visita à sede do Grupo Almirante José de Araújo Filho (ao lado da prefeitura de Garibaldi). 
Aqui você poderá tirar suas dúvidas e fazer a inscrição (necessário presença dos pais ou responsável legal).
Se você mora em outra cidade que não tenha grupo escoteiro formado também poderá participar.
VENHA Viver um pouco de aventura fora dos videogames e ajudar as pessoas faz parte da vida dos escoteiros. Mais do que usar um uniforme e receber distintivos, ser escoteiro é sinônimo de autonomia e ação social.
A partir dos seis anos e meio toda criança pode entrar para o grupo escoteiro.
Você deve se lembrar do pequeno escoteiro Russel no filme Up, altas aventuras. Seu amor pela natureza e sua vontade de conquistar o distintivo de ajuda a um idoso acabam levando-o para uma experiência nas alturas e cheia de emoções. Pois é esse realmente o espírito do escotismo: não medir esforços para ajudar o próximo e defender a natureza. É claro que com muita responsabilidade! E não esqueça: Sempre alerta! É esse o lema do movimento escoteiro.
Não perca esta oportunidade.



Conheça nossa equipe de chefes de voluntários a atuam na formação dos jovens escoteiros.

RAMO LOBO – 6,5 a 10 anos
#MelhorPossível
Chefe Aquelá Lisiane Tedesco Orlandi - Fone: 54.98114.1044
Chefe assistente Marta C Salvagni - Fone: 54.99926.1663
Chefe assistente Carla Baldasso – Fone: 51.99828.4799
Chefe assistente Ronaldo Bavaresco – Fone: 54.99121.1619

Chefe assitente Jose Ribeiro - Fone: 54.99146.6742
RAMO ESCOTEIRO - 11 a 14 anos
#SempreAlerta
Chefe de tropa Ênio Foppa - Fone: 54.99603.4764
Chefe assistente Gilberto Soares - Fone: 54.99105.5669
Chefe assistente Vinicius Bertoncello – Fone: 54.99905.8512
RAMO SÊNIOR - 15 a 17 anos
#SempreAlerta
Chefe de Tropa Bruno Cisilotto - Fone: 54.98114.1369
Chefe assistente Alexandre Leal – Fone: 54.98112.9901
Chefe assistente Ricardo Pasqualotto – Fone: 54.98123.7592
RAMO PIONEIRO - 18 a 21 anos
#Servir
Chefe Mestre Renan Breda – Fone: 54.99909.8180
DIRETORIA APAGEA
Diretor Presidente: Flavia Bianchi – Fone: 54.99655.8169
Diretor Vice-Presidente: Evandro Brufatto – Fone: 54.99972.1752
Diretor Secretária: Denise Tedesco Magagnin - Fone: 54.99916.3174
Diretor Divulgação: Ivan Brugalli - Fone: 54.98133.7788
--
GRUPO ESCOTEIRO ALMIRANTE JOSÉ DE ARAÚJO FILHO - 35/RS
RUA HEITOR MAZZINI, 249 - CENTRO
CEP 95720-000 – GARIBALDI-RS
TELEFONE: (54)3462.2334

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sobre Ramos, Chefes e Família no Movimento Escoteiro


Ramo Lobinho

Entre os 6,5 e os 10 anos, somos lobinhos. Aprendemos muito sobre a vida em meio à natureza, a viver em grupo e desenvolvemos nossa liderança. “O livro da Jângal”, que retrata as aventuras de Mowgli, o menino lobo, é o que inspira a organização do Ramo Lobinho – juntos, formamos uma alcateia, que é dividida em pequenos grupos chamados matilhas.
Cada matilha tem de quatro a seis lobinhos, entre meninos e meninas, e esse grupo nos acompanha durante todo o período em que ficamos nesse Ramo.
Com esses amigos, fazemos jogos, brincadeiras, vivemos aventuras, aprendemos sobre a importância da boa ação diária e ainda somos incentivados a fazer sempre o nosso Melhor Possível; esse inclusive é o nosso lema.
Temos nossa própria lei, a Lei do Lobinho, que traz cinco artigos:
• O Lobinho ouve sempre os Velhos Lobos;
• O Lobinho pensa primeiro no outros;
• O Lobinho abre os olhos e os ouvidos;
• O lobinho é limpo e está sempre alegre;
• O Lobinho diz sempre a verdade.
Antes que possamos completar 11 anos, somos encaminhados para o Ramo Escoteiro. Nesse período, é feita uma Cerimônia de Passagem para que possamos nos despedir da alcateia.

Ramo Escoteiro 

Entre os 11 e 14 anos, fazemos parte do Ramo Escoteiro – somos patrulhas de 5 a 8 jovens, de meninos e meninas, que juntas formam uma tropa. Aqui, além de trabalhar em equipe e entender a importância de respeitar a natureza, aprendemos diversas coisas que nos deixam mais confiantes e decididos.
Cada patrulha tem seu próprio bastão e bandeirola, onde gravamos lembranças marcantes de nossa experiência juntos, assim como o livro de patrulha, que tem todas as informações sobre os membros e fotografias das nossas ações. Elegemos um monitor, que age como um líder dentro de nosso grupo, e desenvolvemos algumas atividades por conta própria, como ir ao cinema, jogar algum jogo, etc.
Atividades como acampamentos e excursões fazem parte da nossa vivência no Ramo Escoteiro, sempre com o acompanhamento de adultos. Com nosso lema “Sempre Alerta”, estamos interessados em descobrir coisas novas e estar cercados de amigos.
Antes de completar 15 anos, passamos por um período de transição em que nos adaptamos à realidade do Ramo Sênior, e nos despedimos da tropa escoteira com a Cerimônia de Passagem.

Ramo Sênior 

O Ramo Sênior é formado por jovens com idades entre 15 e 17 anos, e nos incentiva a superar nossos próprios desafios! Nós já nos conhecemos melhor, aceitamos nossas características e as diferenças de um jeito mais simples, e estamos entendendo melhor nossa própria personalidade.
Com a tropa sênior vivemos verdadeiras aventuras: fazemos rapel, navegamos, acampamos por vários dias, fazemos trilhas e escaladas, aprendemos jogos e atividades mais desafiadoras e somos incentivados a superar obstáculos.
Como diz nosso lema, estamos Sempre Alerta a tudo que acontece ao nosso redor. Temos nosso próprio livro de patrulha, onde registramos informações importantes e recordações das nossas atividades.
A partir do momento que completamos 17 anos, e no máximo antes dos 18, precisamos nos despedir da tropa sênior e partir para o Ramo Pioneiro, após uma Cerimônia de Passagem.
Ramo Pioneiro 

A partir dos 18 anos, e até os 21 incompletos, integramos o Ramo Pioneiro. Nossa equipe forma o clã, e é onde nos apoiamos e descobrimos interesses em comum. Levamos a sério nosso lema “Servir”, já que vivemos uma aventura que não é mais simbólica ou imaginária, pois experimentamos o papel real do adulto por meio do serviço e das atividades de desenvolvimento comunitário.
O cotidiano no clã nos dá bastante liberdade, mas já estamos cientes da responsabilidade que isso traz – somos nós que organizamos nossas próprias atividades. Esse é o período em que entramos na vida adulta, e estamos concluindo a formação de nossos valores e princípios.
Mesmo estando no clã, já podemos participar como adultos voluntários em outros Ramos atuar ativamente em nossas comunidades. Prestes a completar 21 anos, é chegada a hora de encerrar nossa caminhada como jovem no Movimento Escoteiro. A Cerimônia de Partida marca essa etapa, que pode ser seguida pela vida escoteira no papel de voluntário, como escotista ou dirigente.

Chefes Voluntários 

A partir dos 21 anos, qualquer pessoa pode atuar como voluntário em um grupo escoteiro, sem limite máximo de idade. Para isso, basta ter disponibilidade aos sábados (dia de funcionamento da maioria dos grupos), poder dedicar-se ao preparo das atividades (duas horas por semana, em média), adorar o contato com a natureza, com crianças, adolescentes e jovens e compartilhar de nossos Princípios e Valores.
Se você se encaixa nesses requisitos, basta encontrar o grupo escoteiro mais próximo da sua casa e entrar em contato. Fácil não?
O voluntário, seja escotista (que atua diretamente com os jovens) ou dirigente (que trabalha na administração do grupo escoteiro), é o elo entre a teoria e a prática. É ele quem incentiva e acompanha o desenvolvimento de cada jovem, quem prepara as atividades de forma que os escoteiros se sintam motivados e desafiados. O adulto é a ferramenta pela qual o Escotismo acontece, e que possibilita que o jovem seja o protagonista e o foco de nosso Movimento.
Para efetuar o Registro Escoteiro, todos os voluntários precisam realizar o Curso de Proteção Infantojuvenil. O processo de formação, em que o adulto se dedica a conhecer mais profundamente cada Ramo, acontece no decorrer de sua vida escoteira, sendo indispensável a realização de cursos e leituras.
Filho Escoteiro Pais de Apoio 

Os pais ou responsáveis são sempre bem-vindos! Mais do que poder acompanhar a realização das atividades, os pais devem estar envolvidos no cotidiano escoteiro de seu filho. É importante estar por dentro de suas conquistas, de seus desafios, de como anda seu desenvolvimento.
Muitos pais atuam como pais de apoio. Uma opção para quem quer auxiliar somente em algumas ocasiões. As funções são simples e bastante diversas: dar uma mãozinha na cozinha, ajudar no transporte e logística para atividades externas, auxiliar em campanhas financeiras do grupo, entre outras.
Sem idade máxima para entrar no Movimento Escoteiro, muitos pais acabam se encantando por esse universo e se tornam voluntários registrados. Conheça mais e venha para esta grande fraternidade mundial.